01/01/2012. Eu agradeci mais uma vez por tudo, e me disseram que agradecer a si mesmo é besteira, sabemos o tamanho de nossos esforços e dos céus que nos habitam. Eu ri. Disse-lhe que senti medo de que não mais voltasse (e não volta), de que não mais fosse meu esse tempo, de que meu nome não mais voltasse a ser o mesmo, e é.
Não precisava e nem queria estar em apenas um lugar, podia ser o mesmo onde quer que estivesse. Bastava estar, ter lugar para dançar e criar, ter lugar para minha grande vontade, meu grande espaço.
E então apareceste de novo, ano. Deixando minhas mãos em frangalhos, explicando que tua tentativa de juntar todos os pedaços das coisas que joguei longe em meus acessos de alegria ou tristeza, não foi em vão.
Blé, apenas uma tentativa de insanidade criativa.